A Paulista Aberta é um programa que todos os domingos e feriados abre a icônica avenida de São Paulo para lazer e encontro das pessoas, desde 2015. Para o programa acontecer, nós, do Instituto Caminhabilidade, sonhamos, idealizamos e, junto com a Minha Sampa, traçamos uma estratégia de advocacy (incidência) e mobilização social.

Desde o início, o objetivo foi redefinir o uso dos espaços públicos, reconhecendo que as ruas têm o potencial de melhorar a qualidade de vida da comunidade nas cidades. A intenção é transformar locais onde tradicionalmente circulam veículos motorizados em espaços públicos acessíveis, democráticos e inclusivos, permitindo que cidadãos vivam, ocupem e participem na criação da cidade.

A mobilização teve início em 2014, convidando os cidadãos a se juntarem na construção desse novo cenário por meio de uma “petição” online e com ocupações e atividades lúdicas nas calçadas da Avenida Paulista.

Logo, foram realizadas reuniões com a gestão municipal, gerando grande repercussão na mídia, e alguns estudos foram conduzidos para fortalecer os argumentos. Quase um ano depois, em junho de 2015, surgiu uma “janela de oportunidade” para testar a abertura da avenida para as pessoas com a inauguração da ciclovia. Desde outubro do mesmo ano, a Paulista Aberta tornou-se oficial. Isso foi uma conquista da população, pois uma rua aberta, assim como uma página em branco, permite que as pessoas escolham como preenchê-la e usá-la de forma espontânea.

Desafios atuais ou continuidade

Realizamos o Paulista Aberta LAB para estudar as dinâmicas após 5 anos de funcionamento do programa. Além disso, estruturamos um projeto para ser financiado para mapear e conectar as Avenidas Abertas em todas as cidades do país, visando fortalecer a iniciativa como política pública, estimular o desenvolvimento e pensar cenários futuros.

Pessoas e organizações envolvidas
  • Instituto Caminhabilidade;
  • Minha Sampa;
  • Cidade Ativa;
  • Bike Anjo;
  • Demais organizações de mobilidade ativa de São Paulo.
Objetivos
  • Promover a transformação da cidade com foco nas pessoas a partir da ressignificação temporária do uso das ruas como espaço público de encontro.
Estratégias e ações
  • Mobilização social, pressão de autoridades e campanha online;
  • Articulação com a mídia;
  • Incidência e estratégia política;
  • Ações de rua;
  • Reuniões estratégicas;
  • Engajamento;
  • Testes.
Datas
  • Início da campanha em 2014 e conquista em 2015. 
Financiamento
  • Recursos próprios.